Brasilia, 17 de julio de 2014 (EFE).- O presidente da China, Xi Jinping, afirmou ontem em discurso em Brasília que pretende «alavancar» as relações de seu país com a América Latina e o Caribe e carimbar uma «aliança estratégica» com a região.
«Nosso objetivo é alavancar e dar um salto nas relações da China com a América Latina e o Caribe», disse Xi em discurso no plenário do Senado, após participar na Cúpula entre a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) e os BRICS, fórum integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Segundo Xi, a China está «disposta a conjugar esforços» com os países latino-americanos para serem sócios «a passos sincronizados», e ressaltou que seu país «não se desenvolverá de forma isolada do mundo». O líder chinês desembarcou na segunda-feira passada no Brasil para participar da 6ª Cúpula dos BRICS e hoje deu início a uma visita de Estado ao país. Xi afirmou que a cúpula entre os BRICS e a UNASUL foi «muito bem-sucedida» e, sobre a reunião de amanhã entre China e o chamado Quarteto da Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe (CELAC), disse que espera que sirva para criar o Fórum Permanente China-CELAC e para «promover a associação estratégica» de Pequim com a América Latina. A CELAC estará representada pelos presidentes de Cuba, Raúl Castro; Costa Rica, Luis Guillermo Solís; e Equador, Rafael Correa; assim como pelo primeiro-ministro de Antígua e Barbuda, Gaston Browne. Fontes oficiais brasileiras disseram que na reunião entre Xi Jinping e representantes da CELAC participarão também alguns dos líderes dos países da UNASUL que estão hoje em Brasília. O encontro de Brasília será preparatório de uma primeira reunião de ministros das Relações Exteriores da China e dos países da CELAC, que está prevista para o final deste ano em Pequim. Nessa reunião de chanceleres, segundo o governo chinês, serão afinados os detalhes da primeira Cúpula de chefes de Estado e de governo do novo fórum China-CELAC, que será convocada para fevereiro do próximo ano, também em Pequim.