Puerto Ayora, Equador, 26 de maio de 2014 (EFE).- Os sete países sul-americanos envolvidos no projeto do Banco do Sul, concebido para promover o financiamento do desenvolvimento, querem nomear em julho as autoridades da entidade para que comece ela comece efetivamente a funcionar o mais rápido possível, informaram os governos do Equador e da Venezuela.
O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, e seu colega venezuelano, Elías Jaua, disseram aos jornalistas que ficou definida a convocação de uma reunião do conselho de administração do banco nas próximas semanas em Caracas, onde estará a sede.
Os representantes de Argentina, Brasil, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, os países integrantes do banco, que participam no arquipélago equatoriano de Galápagos de uma reunião ministerial da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) se reuniram para impulsionar o início da entidade.
Após a reunião, Jaua e Patiño disseram que assim queo conselho de administração se reunir em Caracas o/a 'presidente' do Banco do Sul e o resto da direção serão escolhidos.
Essas designações serão definidas 'de forma paralela' a uma reunião do conselho econômico da UNASUL, que acontecerá em Buenos Aires em 24 e 25 de julho, explicou Jaua.
A criação do Banco do Sul foi decidida em 2007 em Buenos Aires e dois anos depois os membros assinaram a ata constitutiva.
Nesse documento se estabeleceu que ele terá recursos autorizados de US$ 20 bilhões e um capital assinado de US$ 10 bilhões, com uma contribuição inicial dos sócios de US$ 7 bilhões.
Patiño precisou hoje que os recursos que inicialmente terá o banco com dinheiro somarão 188 milhões de dólares e, na medida em que estejam disponíveis, se irã utilizando 'quando já os projetos sejam aprovados'.
Segundo o ministro, o Banco do Sul contará com fundos que 'estão disponíveis porque estão nas contas de cada país' e outros valores 'em dinheiro que deve ser aplicado em uma conta comum', o que até agora não pôde ser feito porque as contas ainda não estão abertas, o que poderá acontecer após a reunião do conselho de administração e a designação da junta diretora.
O projeto do Banco do Sul, que pretende ser uma alternativa às instituições multilaterais de crédito, está inserido dentro das iniciativas econômicas para o desenvolvimento promovidas pela UNASUL.